A inteligência artificial (IA) é baseada em algoritmos que habilitam os computadores a processar grandes quantidades de dados e dessa forma aprender com eles, além disso, tomar decisões autônomas baseadas nesse conhecimento.
A capacidade desses algoritmos tem sido aproveitada em diferentes áreas do conhecimento humano, desde tópicos avançados em robótica até a criação de sistemas cognitivos.
Dentre os diversos algoritmos utilizados para a criação de sistemas baseados em inteligência artificial, os modelos probabilísticos possuem um potencial a ser explorado a fim de ajudar na tomada de decisão.
Modelos Deterministicos
Para compreendermos o potencial dos modelos probabilísticos ou não determinísticos, é necessário entendermos como funcionam os modelos determinísticos. Para isso, vamos imaginar a seguinte situação: você trabalha realizando entregas e recebe demandas da empresa por meio de um cadastro em um aplicativo. Além disso, a empresa para qual você trabalha possui um sistema de recompensa caso a entrega seja feita em menos de 25 minutos.
Dessa forma, a sua primeira ação após receber a demanda de entrega é utilizar o sistema de GPS para obter a rota que, quando seguida, terá o menor tempo de percurso, certo?
Ao observar o retorno com a previsão do tempo de percurso dado pelo GPS, você conclui que a melhor rota para o seu destino é a primeira rota (Rota 1). Ou seja, o modelo de cálculo de rota do GPS gerou o valor esperado para o trajeto.
Porém, e se levássemos em consideração todas as adversidades que podem acontecer pelo caminho?
Modelos Probabilísticos
Para compreender os modelos probabilísticos, vamos adicionar alguns detalhes ao nosso exemplo. E se, de alguma forma, fosse possível coletar os dados de quem já percorreu o mesmo caminho e, devido à alguma situação adversa ou favorável, chegou ao destino antes ou depois do valor esperado.
Imagine que as rotas selecionadas foram percorridas várias vezes por outros entregadores e esses dados foram coletados pelo sistema de GPS, chegando ao ponto que a distribuição de probabilidade gerada pelo modelo, agora probabilístico, associada aos percursos é aproximadamente normal.
Ao observarmos a distribuição de probabilidade da primeira rota percebemos que o valor esperado ou média é de 19 minutos. Porém, quando calculamos a área abaixo da curva, percebemos que você tem uma probabilidade de 69% de chegar ao destino no tempo desejado e conseguir a recompensa da empresa.
Por outro lado, realizando o mesmo cálculo na segunda rota você teria a probabilidade de 93% de chegar ao destino da entrega antes dos 25 minutos. Com isso, a decisão que foi tomada anteriormente precisaria ser repensada, sendo a segunda rota a melhor alternativa.
Quando utilizar os Modelos Probabilísticos ?
Sempre que possível. Quando se expressa a incerteza que o modelo criado possui, construímos um guia mais confiável e que considera a maioria dos cenários possíveis para um determinado conjunto de dados.
A aplicação desses modelos não se limita apenas ao problema de regressão, mas também podem ser utilizados juntamente com os modelos de classificação, por exemplo, seguindo a mesma lógica de que ao invés de retornar uma categoria absoluta como resposta ao problema, o modelo retorna uma distribuição de probabilidades.
Conclusão – O impacto dos Modelos Probabilísticos na tomada de decisão
Conforme visto no exemplo, a principal diferença entre um modelo determinístico e um modelo probabilístico é o retorno gerado. Se de um lado temos o valor esperado como a resposta dada ao problema, por outro lado temos uma distribuição de probabilidades como o retorno para uma determinada entrada.
A utilização de modelos probabilísticos, portanto, entrega mais informações a respeito do processo aleatório que o gerou, dando uma nova perspectiva para a tomada de decisão.
Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Autor
Pesquisador na área de ciência de dados na Aquarela. Graduando em engenharia elétrica na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Entusiasta nas áreas de inteligência artificial, ciência de dados, processamento de sinais e sistemas embarcados.