Há não muito tempo, as interações sociais dependiam do encontro físico entre os indivíduos. Por exemplo, em uma reunião de negócios, os envolvidos deviam se locomover a um local marcado para se encontrarem. Com o advento da internet essa situação mudou. As pessoas passaram a poder trocar mensagens instantâneas e mais recentemente até mesmo se comunicarem por voz e vídeo através de uma videoconferência. E qual seria o próximo passo? Metaverso! Pelo menos é o que prometem os desenvolvedores destes espaços virtuais. Eles afirmam que será onde os usuários poderão acessar esses ambientes utilizando avatares, aumentando assim a imersão dos meios de comunicação atuais.
Os múltiplos metaversos
Apesar de ter se tornado um termo extremamente popular após o anúncio do metaverso da Meta (antigo Facebook), essa não é uma ideia nova. Diversos jogos já tentaram de alguma forma criar esse tipo de ambiente virtual, como o IMVU e até mesmo o popular Habbo. Cada jogo que se propunha a criar um ambiente virtual que desse ao usuário a oportunidade de viver uma “vida paralela” utilizou de diferentes ideias para alcançar esse feito.
O Habbo utilizou um jogo simples, feito em pixel art e voltado para o público adolescente. Já o IMVU optou por modelos mais personalizáveis, aumentando assim a imersão dos jogadores. Porém, o que nenhum deles se propôs (ou pelo menos não conseguiram realizar) foi se tornar um “jogo de gente grande”, cujo foco não seria mais apenas conversar e se divertir com os amigos, mas realizar atividades que possam ser feitas nesses ambientes.
O mais provável é que cada grande empresa de tecnologia tenha seu próprio metaverso voltado ao que a empresa se propõe. No caso da Meta, que tem como foco as redes sociais, enquanto a Microsoft pode se voltar mais ao mercado empresarial. Um outro exemplo é o caso da Epic Games, que, por meio do seu jogo de sucesso Fortnite, está fornecendo um ambiente cada vez mais imersivo para seus jogadores, mas com foco em diversão e entretenimento.
Implicações no entretenimento
Como já citado, a Epic Games busca cada vez mais adicionar atrativos ao seu jogo Fornite. O que começou como um jogo de tiro de matar criaturas, tornando-se um dos mais populares Battle Royals. Hoje em dia realiza até mesmo apresentações de celebridades em seu ambiente virtual. O que faz com que o jogo deixe de ser apenas um jogo de tiro e passe a ser o que os usuários queiram que seja.
Um outro exemplo famoso no mundo dos games é o caso do GTA RP. O jogo é uma versão do jogo Grand Theft Auto da Rockstar Games que suporta um modo de jogo de Role Play (faz de conta). Os usuários podem viver uma vida bem detalhada, comprar casas e carros, trabalhar e até mesmo ser preso por ter cometido um crime. Pode parecer apenas uma brincadeira, mas empresas reais de diversos ramos já firmaram parcerias com o jogo, mostrando o potencial lucrativo que esse tipo de entretenimento pode proporcionar.
Assim como as redes sociais, que apesar de serem de empresas diferentes estão conectadas, os diferentes metaversos também podem seguir dessa forma, unindo jogos, serviços de streaming e redes sociais em um lugar só.
Implicações no trabalho
É comum que usuários de computador sintam a necessidade de telas maiores ou até mesmo um maior número de telas. Um artista pode utilizar uma tela para o desenvolvimento de sua obra e outra pode observar as referências utilizadas. Além disso, um programador que pode utilizar uma tela para a escrita do código, enquanto a outra tela é utilizada para conferir o resultado do desenvolvimento. Quanto mais espaço útil em tela, maior a produtividade nesses casos. Porém, tudo isso tem um custo, já que monitores são equipamentos com um valor relativamente alto. O metaverso pode ser uma solução para esse tipo de problema.
Inegavelmente, um óculos de realidade virtual, apesar de também possuir um valor alto, pode propiciar ao usuário a experiência de ter em um ambiente virtual, múltiplos monitores (ou outro tipo de equipamento) de forma muito mais barata (talvez até gratuita, a depender do ambiente). Assim, o usuário pode ter suas ferramentas de trabalho de forma mais acessível. Com isso pode aumentar sua produtividade, e até mesmo utilizar o próprio ambiente virtual para se comunicar com seus colegas de equipe.
Possíveis riscos do metaverso
Com todos os equipamentos necessários para acessar um metaverso (que no futuro é esperado que seja muito mais que apenas um óculos), o número de câmeras, sensores e outros captadores de informação presentes no cotidiano dos usuários se tornará cada vez maior. Isso possibilita que número de dados extraídos desses usuários aumente. Como sabemos, dados são informações extremamente importantes nos dias de hoje. Não se sabe ao certo o que as grandes empresas responsáveis pelos metaversos farão com os dados de seus usuários, o que é um potencial risco, considerando possíveis companhias mal intencionadas.
Considerações finais sobre o Metaverso
As implicações do metaverso no cotidiano dos usuários engloba muito mais do que o que foi citado neste artigo. Porém de maneira geral podemos entender que as possibilidades são muitas, e, apesar dos riscos, tanto a maneira de se trabalhar como a maneira de se consumir as mais diversas mídias de entretenimento podem se alterar drasticamente com o decorrer dos próximos anos.
Ainda não temos toda a tecnologia e infraestrutura necessárias para realizar os sonhos mais profundos dos idealizadores dos metaversos. Mas, todas essas ideias que parecem ter saído de um filme de ficção científica e estão cada vez mais próximas de se tornarem realidade e devemos estar preparados para essas mudanças.
Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Desenvolvedor Front-end na Aquarela. Cursando Ciência da Computação na Universidade Federal de Campina Grande (Campina Grande, Paraíba).