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Boas práticas de Usabilidade e Acessibilidade para interfaces

usabilidade

A importância da acessibilidade e usabilidade nas interfaces vai além do simples cumprimento de regulamentações, trata-se de criar produtos digitais que sejam acessíveis a todos, proporcionando uma experiência positiva e inclusiva para usuários diversos. Para isso, existem inúmeras regras e boas práticas que auxiliam designers e desenvolvedores. 

Diferença de usabilidade e acessibilidade

A acessibilidade é medida pela capacidade dos usuários de realizarem ações, enquanto a usabilidade é definida pela facilidade na qual este usuário terá em sua jornada pela interface. É importante que a interface busque atender aos dois conceitos, trazendo liberdade ao usuário para utilizar do serviço independente de habilidades físicas, sensoriais ou cognitivas.

As Heurísticas de Jakob Nielsen

Alguns princípios utilizados na computação para melhorar a usabilidade são as Heurísticas de Jakob Nielsen. Nielsen é consultor, especialista e referência em pesquisas de interação humano-computador e, durante sua carreira, estabeleceu 10 Heurísticas de princípios gerais de como interfaces claras, rápidas e fáceis de entender devem ser desenvolvidas:

  1. Visibilidade do status do sistema (Visibility of system status)
  2. Combinação entre o sistema e o mundo real (Match between system and the real world)
  3. Controle e liberdade do usuário (User control and freedom)
  4. Consistência e Padrões (Consistency and standards)
  5. Prevenção de erros (Error prevention)
  6. Reconhecimento em vez de recordação (Recognition rather than recall)
  7. Flexibilidade e eficiência de uso (Flexibility and efficiency of use)
  8. Design estético e minimalista (Aesthetic and minimalist Design)
  9. Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e se recuperar de erros (Help users recognize, diagnose and recover from errors)
  10. Ajuda e documentação (Help and documentation)

Boas práticas – usabilidade e acessibilidade

Legendas, descrições e linhas de gráficos

O uso de legendas auxilia na compreensão para além do uso de cores e símbolos. Dessa forma, o usuário tem o direcionamento textual para a compreensão do que está sendo tratado. Além disso, o uso de linhas com símbolos para diferenciar informações em gráficos é uma prática valiosa para não tornar a diferenciação da informação dependente de cores.

Contraste e legibilidade

A tipografia, tamanho da fonte, cor e peso utilizados são relevantes também para garantir um contraste adequado para uma boa legibilidade. Fontes sem serifa e monoespaçadas são mais indicadas para textos, legendas e descrições. Já o tamanho da fonte irá variar de acordo com o propósito, mas em casos de usuários com baixa visão o recomendado é a utilização de tamanho mínimo 24pts. 

Navegação Consistente

Manter a consistência na navegação e no layout facilita a compreensão e previsibilidade de ações para o usuário. Incluir sempre o histórico de navegação visível em casos de fluxos longos é uma boa saída para manter o usuário informado de onde ele se encontra nos processos. Por fim, botões de retorno e modais de confirmação são bons aliados para dar autonomia para o usuário e manter o fluxo de atividade nos sistemas e interfaces coesos.

Compressibilidade

A compreensibilidade é a capacidade do usuário de entender o que está sendo apresentado, assim, através de linguagem clara e instruções intuitivas a experiência se torna mais agradável. A linguagem clara se dá por conteúdos voltados para o público-alvo ou persona definida, com um tom de voz textual e linguagem para este perfil. Instruções intuitivas podem ser encontradas em vários pontos de uma interface, como botões e modais de confirmação ou erro. Nestes casos, é importante disponibilizar ao usuário a informação e não culpá-lo por possíveis erros. Assim, vale lembrar que é muito importante ter um mapeamento de persona para guiar a construção da interface e garantir uma boa usabilidade, mas não torná-la restrita somente a esse público a torna mais acessível.

Teste de usabilidade

Os testes de usabilidade são uma prática valiosa para identificar e corrigir problemas de usabilidade. Neles, captamos o nível de compreensão de usuários com funcionalidades. Para realizar um teste de usabilidade é importante seguir alguns passos, que são:

  1. Definir o objetivo do teste: responder perguntas como “O que está sendo avaliado?” e “Qual o objetivo dessa avaliação?” é muito importante para que fique claro o objetivo da avaliação;
  2. Selecionar quem irá participar do teste: a seleção dos usuários é muito importante, pois é através dos insights do teste que melhorias e correções serão feitas.
  3. Elaborar cenários para o teste: o uso de cenários auxilia na condução para que durante o teste o objetivo seja atingido;
  4. Uso de roteiros: o uso de um roteiro pré escrito com instruções claras é fundamental para que o teste seja feito de maneira objetiva, evitando que o usuário fique confuso ou impaciente.
  5. Condução: a condução direta e sem viés é a chave para respostas mais assertivas e sinceras ao que está sendo testado;
  6. Registro: através da observação e anotações será possível analisar o que foi respondido e documentar o processo e justificar tomadas de decisão.
  7. Analise as informações e dados: a análise dos dados coletados no teste dita as decisões, possíveis melhorias e responde hipóteses de produto.

Assim, após seguir estes passos, serão realizadas melhorias, mapeamento e desenvolvimento de novas funcionalidades, para que então o processo de teste se repita.

Conclusão – Boas práticas de usabilidade e acessibilidade para interfaces

Em conclusão, a abordagem integrada de usabilidade e acessibilidade para interfaces digitais é essencial não apenas para cumprir regulamentações, mas, mais importante ainda, para criar experiências inclusivas e positivas para uma ampla gama de usuários. Ao reconhecer a diferença entre usabilidade e acessibilidade, aplicar as heurísticas valiosas de Jakob Nielsen e utilizar das boas práticas descritas neste texto, designers e desenvolvedores podem garantir interfaces claras, eficientes e adaptáveis.

Referências

NIELSEN, Jacob. Dez heurísticas de usabilidade. 2005.

LODHI, Afifa. Heurística de usabilidade como parâmetro de avaliação: Para realizar testes de usabilidade. In: 2010 2ª Conferência Internacional sobre Tecnologia e Engenharia de Software . IEEE, 2010. p. V2-256-V2-259.

Acesso em 27/02/2024 às 11:54

https://guia-wcag.com/

Acesso em 28/03/2024 às 15:32

https://www.nngroup.com/articles/why-you-only-need-to-test-with-5-users/

Acesso em 05/03/2024 às 09:59

https://medium.com/ui-lab-school/voc%C3%AA-sabe-usar-tipografia-em-ui-design-9ce4ccdbab43

Quem é a Aquarela Analytics?

A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.

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