Neste artigo apresentamos uma breve visão sobre quatro conceitos fundamentais para a leitura dos próximos conteúdos deste blog. Trataremos aqui da noção de dados, informação, conhecimento e sabedoria, conceitos que estão associados a diferentes potenciais de inovação (capacidade de transformação da realidade). Ilustramos tal relação no gráfico a seguir:
Complexidade x Valor
Entendemos que o potencial de inovação é sustentado por duas forças, a complexidade e o valor, respectivamente dispostas no gráfico acima em suas coordenadas vertical e horizontal. Logo, quanto mais acima e à direita, maior o potencial de impacto inovador.
Além do plano formado pela complexidade e valor, representando as capacidades de transformação da realidade (potenciais de inovação), o gráfico também aponta os elementos relacionados com o universo humano e computacional dentro deste plano.
A seguir são apresentados os significados das cores dos elementos do gráfico.
- Vermelho Ser humano com seus sentidos, práticas e vivências.
- Laranja – Elementos potencializadores da inovação.
- Verde – Fases de desenvolvimento do potencial de inovação até a tomada de decisão.
- Azul claro – Ferramentas digitais e computadores que servem de apoio ao trabalho humano, entendidos aqui como próteses cognitivas, as quais nos ajudam a executar tarefas criativas em crescente complexidade.
O que são dados, informação, conhecimento e Sabedoria?
Para definirmos cada um dos elementos potencializadores da inovação (dado, informação, conhecimento e sabedoria), utilizaremos como metáfora o caso da leitura de um termômetro:
Olhando a figura, o que podemos inferir dela? O que é dado, informação e conhecimento? E quais possíveis conclusões podemos tirar a partir da leitura de um termômetro (intuição e sabedoria)?
No caso da leitura de um termômetro, temos a seguinte descrição quanto aos elementos potencializadores da inovação:
- Dados – são os sinais não interpretados, o menor grão e a matéria prima da escala do conhecimento e base para qualquer atividade com potencial de inovação. Eles surgem a partir daquilo que vivenciamos (eventos da vida) e capturamos por meio dos nossos sentidos e pelos dispositivos eletrônicos. No exemplo, o número 36,2 é apenas um número. Dados poderiam também ser caracteres como “@”, “T”, “——-” e assim por diante.
- Informação – é a listagem dos dados de maneira organizada dentro de uma escala, mostrando uma série de eventos (dados) agrupados. No termômetro a letra ”C” (Celsius) representa a escala, a qual poderia ser também representada por graus Fahrenheit, porém seriam valores diferentes. Nós, humanos, memorizamos de alguma forma os dados obtidos pelos sentidos (organizamos e classificamos em escala), ao passo que os sistemas computacionais, a memorização se dá por meio de dados em listas, planilhas, documentos e banco de dados, entre outros.
- Conhecimento – é um tipo de informação contextualizada capaz de mudar algo ou alguém, sendo justificável de alguma maneira. Saber que a temperatura de 38 graus (dado) na escala Celsius (informação) indica que a pessoa está com febre (a temperatura média de uma pessoal saudável é de 36,4 graus) e assim, alguma ação deve ser tomada. Nós seres humanos podemos refletir sobre um problema e tomar uma decisão, já os sistemas computacionais, utilizam algoritmos para isso, ambos com base em dados e em informações. Um algoritmo, por exemplo, pode descobrir padrões de consumo de produtos em um supermercado ou ser usado para melhorar o trânsito de uma cidade.
- Sabedoria – no topo da escala, a sabedoria se torna subjetiva e aparentemente irracional (ilógica) por ser um conjunto complexo de raciocínios que navegam rapidamente pelas três fases anteriores. Qual tratamento deve ser aplicado ao paciente com febre? Pessoas com grande vivência podem dar conselhos sábios. Nos sistemas computacionais utilizamos instrumentos capazes de conectar dados de diversas áreas para trazer respostas cada vez mais inteligentes (Web 3.0, também conhecida como Web Semântica).
Conclusões
Apresentamos uma visão resumida da Aquarela sobre dados, informação, conhecimento e sabedoria. Muito embora não haja um entendimento definitivo sobre o tema, sua apresentação e definição tornam-se necessárias. Em particular, os conhecimentos apresentados aqui são instrumentais para explicar como o caminho da Web 3.0 (a Web Semântica) e a Indústria 4.0 estão sendo pavimentadas pelo Data Analytics e pelos Linked e Open Data.
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Referências
- SANTOS, Marcos. Um modelo para a gestão colegiada orientada ao significado por meio da realização de PCDAs. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento). Programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2003.
- GETTIER, E. L. Is justified true belief knowledge? Analysis, [S.l.], v. 23, n. 6, p. 121–123, 1963.
- DRUCKER, P. F. The new realities. New Brunswick, NJ: Transaction Publishers, 2003.
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Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Autores
Fundador da Aquarela, CEO e arquiteto da plataforma Vorteris. Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, entusiasta de novas tecnologias, tendo expertise em linguagem funcional Scala e em algoritmos de Machine Learning e IA.
Fundador e Diretor Comercial da Aquarela, Mestre em Business Information Technology com especialização em logística – Universiteit Twente – Holanda. Escritor e palestrante na área de Ciência e Governança de Dados para indústria e serviços 4.0.
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[…] cada dia o volume de dados e informações na internet cresce exponencialmente, surgindo uma infinidade de novos sites, imagens e […]
[…] A tendência é que o crescimento do volume dos dados e sua variedade continue cada vez de forma menos estruturada como já escrevemos no post Dos dados à inovação. […]
[…] e esse padrão de necessidade de gestão do conhecimento se repete continuamente. Neste artigo aqui escrevemos como funcionam os diferentes níveis de gerenciamento de dados até à sabedoria […]