Saudações a todos!
O conceito Web 3.0 e seu stack tecnológico (tecnologias envolvidas) são importantes e aqui explicamos o porquê.
A cada dia o volume de dados e informações na internet cresce exponencialmente. Novos sites, imagens, vídeos e outras mídias são postadas a cada segundo. Assim, com esse volume de dados, como tornar as buscas por informação relevante com um custo benefício aceitável para atividades diárias? Portanto:
Em um contexto complexo de informações intensivas em constante mudança, as ferramentas da Web 3.0 são valiosas para usuários na organização de informações e processos de negócios em grande escala.
A evolução da Web
Desde o surgimento da primeira versão da Web, criada no início da década de 90 por Tim Berners-Lee na Suíça, suas tecnologias sofreram significativas evoluções, principalmente na interatividade com o usuário e na massificação da utilização da rede.
Em resumo, de acordo com nossas pesquisas, a história da web se deu em três fases importantes:
A Web Statica – Web 1.0
A Web 1.0 apresentava dados e informações de forma predominantemente estáticas, era caracterizada pela baixa interação do usuário, permitindo pouca ou nenhuma interação.
As tecnologias e métodos da Web 1.0 ainda são utilizadas para a exibição de conteúdos como leis, informativos e manuais. Assim, essa geração da Web foi marcada pela produção centralizada de conteúdos como os portais, UOL, ZAZ, Terra, AOL e os diretórios, Yahoo, Cadê e Craigslist.
Nestes portais e diretórios, o usuário é apenas o consumidor de conteúdos em um contexto onde poucos produzem para muitos. Isto é, um modelo muito próximo de broadcasting (TVs, rádios, jornais e revistas).
A grande virtude da Web 01 é a democratização do acesso à informação.
A Web Interativa – Web 2.0
A Web 2.0 em contraste à Web 1.0, tem seu conteúdo gerado predominantemente por seus usuários em um processo onde: muitos produzem e muitos consomem.
Um exemplo, talvez um dos principais, desse modelo é a plataforma Wikipédia. Da mesma forma, também se beneficiaram deste conceito foram os blogs, as redes sociais e o conhecido Youtube.
Na Web 2.0 o usuário deixa de ser apenas consumidor e se torna um produtor, ou coprodutor de conteúdos.
A grande virtude da Web 2.0 está na democratização da produção de conteúdo.
A Web da interação inteligente – Web 3.0
A Web 3.0 ou Web Semântica reúne as virtudes da Web 1.0 e 2.0 adicionando a inteligência das máquinas.
Em 2001 Tim-Berners Lee, o criador da Web, apresenta um artigo na revista Scientific American estabelecendo os pilares para a Web Semântica.
No texto, Berners-Lee explica como dois irmãos combinam a logística do tratamento médico que a mãe deles precisava fazer.
Na estória de Berners, os irmãos usando agentes inteligentes fazem todo o planejamento do tratamento, incluindo a marcação das consultas e a escala de caronas que os dois deveriam revezar, os agentes interagem com os sistemas das clínicas, entre si e com os dispositivos da casa.
Na Web 3.0, as máquinas se unem aos usuários na produção de conteúdo e na tomada de ações, tornando a infraestrutura da internet, de coadjuvante para protagonista na geração de conteúdos e processos.
Assim, os serviços da Web 3.0, unem-se aos usuários e aos produtores profissionais na criação ativa de conhecimento. Dessa forma, com sua grande capacidade de processamento, a Web 3.0 é capaz de trazer para as pessoas e para as empresas, serviços e produtos com alto valor agregado por conta da sua assertividade e alta personalização,
A grande virtude da Web 3.0 é a democratização da capacidade de ação e conhecimento, que antes só estava acessível às empresas e aos governos.
Resumo comparativo das Webs
Exemplos Web 3.0
Alguns exemplos de aplicações da Web 3.0 são o Wolfram Alfa e na Siri da Apple: estes dois aplicativos conseguem resumir grandes quantidades de informações em conhecimento e ações úteis para as pessoas.
Wolfram Alpha
Para entender melhor a diferença entre a Web 2.0 e a 3.0, podemos fazer um pequeno comparativo entre o Wolfram Alfa e o Google, usando as duas ferramentas, digitando a frase “Brasil vs Argentina” em ambos buscadores, vemos a diferença nos resultados, veja na figura abaixo:
Comparativo Google e Wofram Alpha como exemplo de aplicação Web 3.0
Primeiramente, no caso do Google, os resultados são voltados aos conteúdos mais frequentes, enfatizando os jogos entre Brasil e Argentina. Nota-se que a palavra “futebol” ou “jogos” não foram mencionadas na busca.
Por outro lado, no resultado do Wolfram Alpha, a ferramenta entende que a busca se trata de uma comparação entre os dois países. Consequentemente retorna dados estatísticos, históricos, geográficos (mapas), demográficos, linguísticos entre outros aspectos úteis de comparação.
Siri Apple
A Siri da Apple, por sua vez, usa técnicas de reconhecimento de voz e inteligência artificial para trazer resultados e efetuar ações, como por exemplo:
“onde fica a pizzaria mais próxima?”, “estou a quantos quilômetros do próximo posto de gasolina” ou ainda “marque uma reunião para às 15h00 amanhã”.
Na Web 1.0 e 2.0 a busca é espécie de pesquisa “cara-crachá” do texto em relação ao que existe publicado na rede, muitas vezes com o viés do que é mais abundante, não trazendo o que é mais relevante para o usuário naquele momento.
Uma das distinções dos buscadores da Web 3.0, com relação aos da Web 1.0 e 2.0, está no tempo que usuário pode gastar navegando em um mar de informações até realmente encontrar o que ele realmente procurava.
Já os sistemas que operam nos padrões Web 3.0 buscam conhecimento contextualizado para auxiliar as pessoas em suas tarefas, apontando uma série de possibilidades de análise e informações relevantes.
Conclusões e recomendações
A Web 3.0 surge de maneira gradual, tal qual foi da versão 1.0 para a 2.0, se encaminhando para um ambiente mais dinâmico onde o conhecimento em ação pode acelerar exponencialmente negócios em processos de:
- logística,
- planejamento,
- precificação (pricing),
- previsão de demanda,
- geo-marketing de expansão,
- performance de vendas e até na
- criação de produtos industriais.
Lembrando que o conhecimento é a informação justificada e contextualizada capaz de mudar algo ou alguém, o que pode ser traduzido como capacidade de ação. Portanto, entendemos que:
a Web 3.0 começa a trazer conhecimento capaz de promover mudanças em larga escala para as pessoas, organizações promovendo a democratização da capacidade de ação e conhecimento em uma magnitude muito maior se comparada com o que foi alcançado com as Web 1.0 e 2.0.
Empresas como Apple e IBM vêm investindo pesado em tecnologias da Web 3.0, por exemplo, a Google Inc. na última década fez várias aquisições de empresas que trabalham com as tecnologias da Web Semântica, como por exemplo a Applied Semantics, e a Metaweb Technologies, Inc, entre outras.
Vale a pena aos inovadores, sejam eles empresários, políticos ou pesquisadores, entender mais sobre esse novo horizonte de possibilidades e estarem preparados para a nova geração de negócios.
Sem a visão das mudanças da Web 3.0 há um risco grande de empresas tradicionais tornarem obsoletas no momento da virada de paradigma, assim como aconteceu com gigantes do passado como Kodak, Nokia e Altavista, que em seus mercados, não se modernizaram em tempo.
Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Autores
Fundador da Aquarela, CEO e arquiteto da plataforma Vorteris. Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, entusiasta de novas tecnologias, tendo expertise em linguagem funcional Scala e em algoritmos de Machine Learning e IA.
Fundador e Diretor Comercial da Aquarela, Mestre em Business Information Technology com especialização em logística – Universiteit Twente – Holanda. Escritor e palestrante na área de Ciência e Governança de Dados para indústria e serviços 4.0.
4 Comments
Muito bacana.
Comprei hoje o livro do kotler, marketing 3.0. Sei que são assuntos diferentes, mas ambos apresentam uma nova visão de consumo.
parabéns pelo artigo
Adorei todo o conteúdo,no entrando eu ainda fiquei com uma dúvida e perdão se soar ignorante,como eu disse,é uma dúvida. Porquê ninguém comenta do Duckduckgo ?
Eu sei que não chega aos pés de uma plataforma de busca enorme tipo Google,porém ela não restringe a busca de menina informação, seja qual for.nao esconde se não for ilegal,ela diz que é ilegal,mas diz. Ela fala sobre leis que o Google não. E porque então aqui nem cita? Seria assim tão irrelevante?
Pq acharia interessante analisar Brasil e Argentina no Google; Wolfram e Duckduckgo. Mto erro?
Oi Lilian, ótima análise! Segue minha resposta.
Obrigado pelo comentário! Quando criamos o artigo, de fato o duckduckgo.com não entrou na lista por ter um comportamento muito semelhante ao Google então não agregaria ao real intuito do artigo de explicitar as diferenças entre buscas sintáticas e semânticas. Antes de responder essa mensagem, busquei no DuckDuckgo por “Brasil Argentina” e os resultados foram similares aos apresentados pelo Google no artigo. O fato é que a busca semântica é um grande desafio para todas as empresas, são buscas muito mais complexas. O que o Wolframlpha apresenta é só início e um ótimo exemplo do que poderá ser a busca semântica (busca por significados) na prática.
Muito bom o artigo. Sou da área de comercio exterior e tenho prova amanha de transformação digital. O professor nao conseguiu passar com a clareza que o artigo traz as diferenças entre as web e sua evolução. artigo muito rico e de facil entendimento para nos que nao somos tao da área.