Hoje vamos falar sobre a área de DevOps, a qual é:
Uma cultura que permite a entrega contínua de software com alta qualidade aos nossos clientes, sustentada em três pilares: pessoas, processos e tecnologia. Por meio de um conjunto de práticas conhecido como ciclo DevOps (plan, code, build, test, release, deploy operate e monitor), são combinadas as etapas de desenvolvimento de software e operações. É complementar ao desenvolvimento Agile e possui o objetivo de automatizar e agilizar a entrega de valor de cada aplicativo criado. Dessa maneira, encurta o ciclo de vida de desenvolvimento e entrega valor mais rápido para os nossos clientes.
Figura: Ciclo DevOps – Referência: https://www.auctus.com.br/wp-content/uploads/2017/09/devops-process.png
Quando temos o compartilhamento desta visão entre vários profissionais em times ágeis, então começamos a ter a cultura DevOps na organização.
A área de DevOps está em grande crescimento devido à necessidade urgente de digitalização da economia. Assim, ela é uma área chave para os projetos relacionados às bases da Indústria 4.0.
Para tornar o tema mais simples e prático, nada melhor do que falar diretamente com os envolvidos nesse trabalho de alto calibre. Por isso, na entrevista de hoje, vamos falar com o Eduardo Vizzon, responsável por diversos processos DevOps aqui na Aquarela Analytics.
Desafios do DevOps
- Quais são as principais preocupações no dia a dia da operação?
A minha principal preocupação é reforçar a cultura Devops na empresa. Para isso é necessário que se documente bem os processos, que sejam feitos treinamentos de tecnologia e que haja constantes feedbacks tanto com o cliente quanto com o próprio time. Isso garante que as empresas que atendemos estejam sempre com um alto nível de disponibilidade das aplicações, bem como entregas contínuas de software. Além disso, há um cuidado para que tudo esteja bem documentado e funcionando com segurança. Neste caso, utilizamos diversos tipos de sistemas de documentação (Wiki, Docs, Tutoriais), monitoramento de aplicações (Zabbix, MRTG, Nagios, Cacti), ferramentas de integração contínua (Jenkins,Travis, Hudson, Bamboo), Kubernetes, Docker, entre outras.
- Qual tem sido a forma de aprendizado mais eficiente das tarefas de DevOps, sendo que hoje existe um grande volume de canais de estudo?
A melhor forma de aprender é a prática. E como cada empresa tem suas próprias ferramentas e sua cultura, o conhecimento prático é sempre bastante contextualizado. Por isso, vale buscar cursos, principalmente os mais específicos e objetivos, que possam auxiliar no manuseio das ferramentas disponíveis e contribuir para colocar isso em prática rapidamente.
- Quais as tecnologias mais promissoras para os próximos anos na sua visão?
O universo de tecnologias é grande e está em constante mudança. A área de computação em nuvem está cada vez mais em destaque através dos fornecimentos de “Serverless Computing”, que são serviços específicos da nuvem, como: armazenamento de arquivos (AWS S3, Oracle Cloud Storage, Google Cloud Storage), banco de dados, Kubernetes, entre outros que são gerenciados pelo próprio provedor.
Atualmente, já estão bem consolidadas plataformas como Amazon, Google, Oracle e Azure. Todavia, existe uma constante evolução na forma como elas oferecem seus serviços para seus usuários e em como disponibilizam aplicações em operação por meio das orquestrações de serviços em Kubernetes.
As aplicações que implementamos na operação dos clientes da Aquarela estão cada vez mais avançadas e abrangentes no sentido de promover a otimização de performance nos indicadores.
Há uma tendência clara da importância do alinhamento entre as necessidades de negócio de cada cliente em seu setor com o stack tecnológico implantado. Nesse sentido, as tecnologias que podem impulsionar a integração de regras de negócio com machine learning e a estatística são as ferramentas gráficas de desenho de ETL (o que é ETL), que vão desde o Pentaho Data Integration, Rapid Minder (ambos baseados em JAVA) até os orquestradores de tarefas, como o Airflow, que tem uma melhor integração com algoritmos de ETL e Machine Learning em Python.
- Quais são os principais desafios das empresas em adotar uma cultura DevOps?
Implementar a cultura DevOps na organização é um trabalho de gestão de pessoas, já que o modo de trabalhar é novo e as rotinas mudam constantemente. Geralmente, há uma resistência dos times na implementação dessa cultura devido à necessidade de adaptação às novas tecnologias e processos. Além disso, muitas vezes, por demanda da empresa, os times precisam aprender uma tecnologia do zero. Apesar desses desafios, os ganhos com a implantação dessa cultura são enormes. Com a eficiência do desenvolvimento e operação, há um ganho de escala, produtividade, redução de custos e redução do prazo de entrega.
É importante ressaltar que a implementação da cultura DevOps deve ser gerida diariamente, aos poucos e com cuidado. Na Aquarela, a agenda de treinamentos de ferramentas, o oferecimento de cursos técnicos, a utilização de softwares colaborativos e a adoção de uma cultura de feedback foram essenciais para a implantação da cultura DevOps.
- Como é atuar em projetos que já nascem 100% DevOps (principais vantagens)?
Este é, sem dúvida, o melhor dos cenários, pois o ambiente já possui processos automatizados, documentados e otimizados, resultando em economia de recursos. Além disso, proporciona eficiência e agilidade nas entregas, com papéis muito bem definidos de quem deve fazer o quê, quando e como. É satisfatório trabalhar dessa forma.
Várias tarefas são executadas de forma padronizada, melhorando a qualidade da comunicação, tanto a interna (entre os membros do time), quanto a comunicação do time com o cliente, que, por sua vez, percebe o nível de maturidade da equipe. Isso minimiza os riscos do projeto.
Em um de nossos projetos de precificação dinâmica, um cliente precisou transferir 100% da infraestrutura de dados de uma nuvem para outra para diminuir a latência das chamadas (demora das respostas das requisições). Se não tivéssemos essa estrutura de operação muito madura, não conseguiríamos atender aos requisitos de forma tão rápida. Em 3 dias tínhamos 100% da operação coberta, atendendo todo o país na nova arquitetura.
Para o cliente, significa menos riscos, pois há uma velocidade maior de entregas, como correções de bugs e novas features. Além disso, oferece mais segurança para o processo, pois o ciclo garante testes e monitoramento. Temos feedbacks muito positivos dos clientes pela qualidade das entregas, com sistemas testados em várias camadas de cada aplicação e uma agilidade de correção muito ampliada. Em alguns casos, a nossa forma de trabalhar é vista como modelo dentro da operação dos clientes. Isso é muito gratificante.
Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Autores
Graduando em Sistemas de Informação pela UFSC. Ata na área de segurança, gestão e infraestrutura (Cloud).
Graduado em Sistemas de Informação pela UFSC, especialista em Segurança da Informação pela Estácio de Sá e especialista em Governança de TI pela UNIASSELVI. Sólidos conhecimentos em Scrum, Agile, DevOps, Infraestrutura, Linux e Cloud Computing.
Fundador e Diretor Comercial da Aquarela, Mestre em Business Information Technology com especialização em logística – Universiteit Twente – Holanda. Escritor e palestrante na área de Ciência e Governança de Dados para indústria e serviços 4.0.