Neste artigo, falaremos sobre dois questionamentos chaves que acontecem na maioria dos projetos e que podem ser resolvidos com os alinhamentos propostos pela Lean Inception:
- Como resolvemos o que precisa estar no MVP para iniciar o projeto ágil o mais rápido possível?
- Como nos asseguramos que o time comece a criar o produto com um entendimento compartilhado e um plano efetivo?
Mas antes de chegarmos às resoluções destes questionamentos, precisamos entender o que é Lean Inception e sua importância, assim como o que é um MVP.
O que é Lean Inception?
No movimento Lean Startup (Eric Ries, 2011), temos o MVP como peça-chave do ciclo “construir – medir – aprender”, no qual após ser construído, ele é colocado à prova. Com isso, o time terá dados para medir o seu uso e gerar o aprendizado desejado.
Porém, muitos sentiram falta de um direcionamento referente a “o que construir”, e foi assim que surgiu a Lean Inception. Dessa forma, a nova proposta é que se inicie com um kick-off, seguido por uma sequência de atividades intensas, terminando com um showcase do workshop, no qual será feito o alinhamento entre as áreas de negócios e técnicas.
A equipe envolvida na construção do MVP deve participar de todas as atividades, já os demais envolvidos (stakeholders) participam do kick-off e do showcase, onde são respectivamente apresentadas as expectativas e os resultados obtidos no workshop.
Por que é chamada de Lean Inception?
É uma forma diferente de se iniciar um projeto com a proposta de um novo estilo de inception (começo, em tradução livre), e é lean (magro, em tradução livre) por dois motivos:
- A duração da inception é menor, eliminando tudo o que não diz respeito ao produto (como arquitetura, por exemplo) deixando-a enxuta.
- O resultado final da inception é a compreensão do MVP, um conceito fundamental do movimento Lean Startup.
Quando fazer uma Lean Inception?
A Lean Inception é útil quando o time precisa desenvolver um MVP e criar um produto de forma iterativa e incremental. Apesar de o termo ser frequentemente mal entendido, a característica principal de um MVP é que se faz algo para aprender se vale a pena continuar construindo o produto ou não.
Também é um processo que ajuda na escolha de funcionalidades para validar o que é valioso para nossos usuários. Para isso, é necessário entender quem são os usuários, se o produto consegue se adequar às atividades que estes usuários realizam e como medir se eles acham o produto útil ou não.
Beleza, mas o que é um MVP?
O MVP (Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável na tradução livre) está na interseção entre valioso (interesse do negócio), usável (aceitação e admiração dos usuários) e factível (o que é possível construir). O fator “uau” é a cereja do bolo.O fator “uau” é o que diferencia o seu produto no mercado. Aquilo que é capaz de conquistar seus usuários e transformá-los em ávidos promotores do produto.
Assim deve ser com os MVPs. Cada um deve ter os fatores factível, valioso, usável e “uau” e deve ser construído contendo uma fatia pequena da visão do todo, que contempla esses quatro fatores.
Validar e aprender rápido!
A primeira impressão é muito importante, pois queremos evitar uma péssima avaliação do cliente.
Pensar num cenário completo é bastante complexo, por isso valide e aprenda rápido com as informações obtidas através do MVP. Dessa forma, é possível avançar com melhorias mais rápidas e assertivas no desenvolvimento do produto.
Por que fazer uma Lean Inception?
Não é nada fácil elaborar o MVP. Para obter sucesso no desenvolvimento de um bom MVP é preciso:
- Ter uma visão ampla do produto e do negócio;
- Validar uma hipótese;
- Elaborar os incrementos;
- Garantir que o MVP contenha os 4 fatores principais (factível, valioso, usável e “uau”);
- Organizar blocos que se encaixem;
- Contemplar todo o funil de venda.
E todos esses pontos ficam mais claros com uma Lean Inception.
Podemos observar no quadro abaixo um resumo de como fica a organização da Lean Inception quando a equipe já discutiu sobre o que compõe o MVP e já conversou sobre o que se espera dele.
Nesse modelo de organização, é necessário:
- Dividir a equipe em dois grupos e solicitar que cada um preencha o Canvas MVP;
- Cada grupo deve apresentar o seu MVP no seu respectivo template;
- A equipe vai consolidar os sete blocos do Canvas MVP utilizando e alterando as anotações anteriores.
Conclusão da criação de um MVP na Lean Inception
Para finalizar, o MVP é demonstrado para os stakeholders. Essa é hora de conversar sobre os artefatos gerados na Lean Inception e compartilhar o entendimento do grupo sobre as hipóteses para validar o melhor caminho a ser seguido.
Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Autor
Mãe do Benício e do Miguel, Poduct Owner na Aquarela Analytics, CSPO®, Certifield Lean Inception Facilitador, Product Backlog Building (PBB), Digital Product Leadership – Tera, Scrum Master, Cursando Processos Gerenciais na Unifran.
Formada em Engenharia da Computação e mãe de pet. Possui certificação Scrum Fundamentals certified (SFC), Certificação Lean Agile Coach Professional (LACP) e Certificado Roda Ágil Professional (RAP). Atua como Product Owner/Scrum Master na Aquarela Analytics.