DevOps, Devops ou devops? Não há sequer consenso sobre qual é a grafia “correta” do termo nos dicionários tecnológicos. Apesar da grafia não ser igual para todos, o conceito a que se trata é de extrema importância dentro do processo de desenvolvimento das empresas de tecnologia. O termo é junção das palavras desenvolvimento (dev) e operação (ops) e nomeia algo que não é uma ferramenta e sim uma cultura que precisa estar presente no ambiente de inovação para garantir o funcionamento correto. Neste artigo, vamos entender previamente o seu conceito, e como nós, aquarelades, construímos essa cultura dentro da empresa.
Primeiramente, o movimento DevOps não está atrelado a apenas um local geográfico, sua origem tem registros em diversos lugares pelo mundo. Porém, por volta de 2008, o termo “infraestrutura ágil” começa a ser utilizado em algumas listas de discussão com foco em desenvolvimento ágil. O termo já referenciava valores do DevOps que veio surgir depois. Foi no evento Agile 2008 que se abriu o caminho para o crescimento da cultura DevOps. Assim, buscando desviar-se das metodologias de desenvolvimento de software modelo cascata e rumando em direção a um ciclo contínuo de desenvolvimento. E é então em 2009, durante a conferência Velocity da O’Reilly, que criam o termo DevOps. John Allspaw (Etsy.com) e Paul Hammond (Typekit) o apresentam, com o objetivo de unir desenvolvedores (Dev) e administradores da infra de TI (Ops), promovendo a integração contínua de ambas as frentes até a entrega dos projetos.
Pilares da Cultura DevOps
Há certos pilares que guiam a cultura DevOps que se mantêm atualmente, e que, com o decorrer do tempo, passam por um processo de aperfeiçoamento. Esses pilares se traduzem pela sigla C.A.M.S, são eles:
Cultura: Ambiente que permita a colaboração, mudança de comportamento, flexibilidade, troca de ideias. O objetivo é desenvolver uma relação saudável entre as áreas e, principalmente, trabalhar juntos, evitando responsabilidades centralizadas e incentivando a criação de uma equipe multidisciplinar.
Automação: Sim, algumas ferramentas entram em cena para automatizar o maior número de processos. Algumas deles são: automação para liberação de versão, automação de build, provisionamento de ambientes para testes e monitoramento ou qualquer outro processo. O interessante é identificar os processos que são repetitivos ou levam bastante tempo e buscar resolvê-los o quanto antes, evitando que se torne algo mais difícil de se alterar futuramente.
Medição/Avaliação:
Deve-se medir tudo que é possível: performance, processos, interações e até mesmo pessoas. Sem medições não é possível melhorar nem aperfeiçoar os processos.
Compartilhamento: Ter uma boa comunicação entre as equipes é essencial. É preciso incentivar as pessoas a se comunicarem e a compartilharem ideias e problemas. Isso é um ponto crucial na iniciativa do DevOps. Histórias de sucesso atraem novos talentos para o movimento e criam um excelente canal de feedback, que fomenta um processo de melhoria contínua.
DevOps ou DevSecOps?
Mas afinal, qual a diferença entre estes dois termos? Bom, DevSecOps acrescenta algo que é extremamente essencial para que as operações funcionem, a segurança. É a integração entre os processos e ferramentas de DevOps e Agile com processos que garantam a segurança da operação e dos dados envolvidos. Ou seja, pode-se dizer que é uma evolução do conceito de DevOps. Esse avanço trouxe muito mais segurança e estabilidade ao funcionamento das aplicações, já que anteriormente a preocupação com a segurança só acontecia no final do processo por outra equipe e era testada pela equipe de QA (Quality Assurance). Porém, ao fazer parte da Cultura DevSecOps, os problemas de segurança são encontrados mais facilmente durante o desenvolvimento e assim, são resolvidos mais rapidamente, tornando a solução destes problemas também mais baratos para a empresa por ter menos retrabalho das equipes nessas soluções.
Como é a Cultura DevOps na Aquarela?
Nós, da Aquarela Analytics, aplicamos o DevSecOps, e entendemos que isso é mais do que uma metodologia, ferramenta, processo ou até mesmo uma profissão. Trabalhamos com a ideia por trás da necessidade original, ou seja, promover uma mudança na maneira como a infraestrutura é entendida a fim de gerar uma nova visão, compatível com as demais mudanças que ocorrem no processo de desenvolvimento de software. E é partindo dessa premissa que enxergamos as pessoas como ponto forte na construção do time DevOps, pois é por meio delas e de suas ideias que conseguimos construir uma metodologia, ferramentas e processos baseados nas reais necessidades dos projetos em que atuamos.
Conclusão – Cultura DevOps na Aquarela
E é por esses motivos que entendemos que DevOps é, de certa forma, sobre a criação de uma fábrica de entrega de valor, ou seja, uma pipeline melhor definida e sem desperdício por meio do qual se entrega valor ao negócio com um tempo de ciclo previsível. E por isso, podemos afirmar que DevOps não é uma ferramenta, mas sim um movimento cultural que visa à redução de silos organizacionais, aumentando a qualidade e a satisfação do cliente a partir da melhoria de processos, qualificação dos profissionais e a construção de uma mentalidade coletiva que garanta que o processo de desenvolvimento seja mais ágil, seguro e operacional.
Na Aquarela, a entrega de valor da organização está fortemente relacionada à absorção da Cultura DevSecOps e suas práticas, se utilizando desse conjunto de práticas com objetivo de acabar com a divisão entre times e demais profissionais da área. Assim, garante uma visão panorâmica e orgânica da construção e escolha de metodologias, ferramentas e processos para os times de desenvolvimento. Dessa forma, conseguimos entregar soluções funcionais, seguras e que revolucionam o funcionamento de diversos setores da sociedade.
Quem é a Aquarela Analytics?
A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.
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Autores
DevOps Engineer na Aquarela Advanced Analytics. Estudante em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela UniCV e músico de 4 acordes.
Analista de Marketing na Aquarela Analytics. Graduada em Moda pela UDESC e cursando MBA em Marketing pela USP/Esalq.