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A ascensão do programador autodidata

O desejo de se tornar um programador ou desenvolvedor autodidata está em alta atualmente e a pandemia é parcialmente responsável pelo rápido crescimento dessa profissão. Durante a pandemia, muitos empregos presenciais foram perdidos, mas a indústria da tecnologia experimentou um imenso crescimento na receita e nas oportunidades de emprego. Esses empregos começaram a atrair pessoas desempregadas ou que buscavam uma fatia da indústria.

A indústria tecnológica oferece uma das melhores, senão as melhores condições de trabalho e benefícios de todos os tempos. Um dos mais conhecidos é a possibilidade de trabalhar de casa, o que também é chamado de trabalho remoto ou home office. 

Com todos esses benefícios interessantes, as pessoas começaram a procurar maneiras mais fáceis de ingressar na indústria da tecnologia sem passar pelo incômodo de pagar por universidades e ter que estudar por anos e anos. Isso resultou na explosão do número de programadores autodidatas.

O que significa ser um programador autodidata?

Quando você vai para a universidade, você tem um currículo fixo ou um roteiro que mostra exatamente o que estudar, em qual ordem e como fazê-lo. Entretanto, quando você toma o caminho autodidata, as coisas são extremamente diferentes. Isso acontece porque você mesmo está escolhendo o roteiro, talvez com a ajuda de alguns amigos ou familiares e até de uma pesquisa rápida no Reddit ou no YouTube. Entretanto, a ideia é que você seja responsável por traçar seu plano de ação, que pode não ser sempre o melhor dos planos. Quando esse plano for bem-sucedido, então você poderá se chamar programador autodidata.

Os desafios

Apesar de parecer fácil para muitos, ser autodidata é árduo porque você está constantemente em batalha com suas dúvidas, com a imprevisibilidade e a incertezas exaustivas. É preciso tempo, paciência, aprendizado contínuo, pesquisas extensas, construção de projetos e muitas falhas para se tornar um programador autodidata. Durante todo esse processo, você está criando ou construindo o que chamamos de “coding muscle”.

No início de 2019, quando decidi embarcar na jornada da programação, eu estava animado, pronto para mudar o mundo usando linhas de código. Eu mal sabia o que estava reservado para mim. O processo foi assustador, eu duvidava de mim quase todos os dias durante os estágios iniciais, me questionava: quem sou eu para fazer isso? Já tenho mais de 30 anos e não tenho nenhum diploma de faculdade ou universidade, então onde exatamente eu me encaixo nesse vasto mundo da programação? Qual linguagem de programação eu deveria aprender? Eu quero aprender back-end ou front-end? E a lista continua. Eu tenho certeza de que, se você é um programador autodidata, essas questões podem soar familiares, pois essas são apenas algumas das etapas pelas quais a maioria dos programadores autodidatas passam.

Por que você deveria contratar um programador autodidata

Programadores autodidatas podem não ter diplomas ou graduações na área da programação, mas eles podem trabalhar, pensar e lidar com problemas tanto quanto uma pessoa com diploma.

1 – Eles têm vigor, paixão e um enorme impulso interior 

Se você está aprendendo a programar, você deve gostar muito do assunto, já que é algo que leva tempo, exige muita paciência, dedicação e coragem. A maioria dos programadores autodidatas possui essas habilidades.

2 – Eles têm suporte e sabem onde conseguir as informações

Embora possa parecer uma jornada solitária para muitos, programadores autodidatas geralmente fazem parte de uma comunidade onde compartilham suas habilidade de resolução de problemas e ideias com os outros. Isso pode ser uma vantagem para o empregador, que não está contratando apenas um programador, mas alguém que vem com toda uma comunidade de desenvolvedores com várias formas de conhecimento em diferentes campos ou tecnologias, a qual poderá ser explorada pelo programador.

3 – Sempre prontos

Todos os novos colaboradores precisam passar pelas fases de onboarding e treinamento, pois é uma experiência vital para o funcionário. Porém, quanto mais tempo dedicado a esse processo, mais custoso ele se torna para a empresa. Ser autodidata, na maioria das vezes, significa que você tem uma quantidade razoável de experiência no mundo real que adquiriu ao longo de sua jornada de aprendizado,. Portanto, com essa experiência, o desenvolvedor provavelmente estará pronto para começar a codificar em menos tempo e com treinamento mínimo – economizando tempo e dinheiro da empresa.

4 – Quando tudo falhar, eles têm sempre o plano C, D, E e até mais, se necessário

Desenvolvedores autodidatas são solucionadores de problemas habilidosos, todo grande desenvolvedor tem um extenso histórico de resolução de problemas. As universidades dão aos programadores uma base sólida em teoria. Porém, essa teoria não necessariamente resolve tudo quando você encontra problemas ou desafios de codificação da vida real.

Uma parte fundamental da autoaprendizagem é saber como se desvencilhar quando estiver preso em uma situação, identificar problemas, resolvê-los e aprender com o processo.

Leia também: Indústria 4.0: Web 3.0 e transformação digital

Conclusão

Espero que este texto não soe unilateral ou a favor do programador autodidata em oposição ao tradicional programador universitário ou formado em faculdade, mas que adicione conteúdo à discussão. Estudos mostram que funcionários realizados são até 13% mais produtivos (de acordo com a Universidade de Oxford), e programadores autodidatas são apaixonados pelo que fazem. Então, não há dúvida de que isso é uma vantagem para a empresa. Com tudo o que foi dito, acho que todos podemos concordar que o programador autodidata veio para ficar! 🎓

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Quem é a Aquarela Analytics?

A Aquarela Analytics é vencedora do Prêmio CNI de Inovação e referência nacional na aplicação de Inteligência Artificial Corporativa na indústria e em grandes empresas. Por meio da plataforma Vorteris, da metodologia DCM e o Canvas Analítico (Download e-book gratuito), atende clientes importantes, como: Embraer (aeroespacial), Scania, Mercedes-Benz, Grupo Randon (automotivo), SolarBR Coca-Cola (varejo alimentício), Hospital das Clínicas (saúde), NTS-Brasil (óleo e gás), Auren, SPIC Brasil (energia), Telefônica Vivo (telecomunicações), dentre outros.

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Autor

3 Comments

  1. João Alexandre disse:

    Oi Michael! Belo artigo. Outra boa é que o programador autodidata por ser de qualquer idade e de qualquer segmento. Sou de hardware, mas me tornei também um programador Python autodidata, gosto de interfacear esses dois mundos.
    Abraço,

  2. Michael disse:

    Oi, João!
    Obrigado pelo comentário. Acho que tudo é possível, e acho também que você se tornará um cara de TI muito bom e completo, talvez também se torne um DevOps.

    Abraço.

  3. PeterK disse:

    Adorei o texto Michael!

    Mas eu vejo que ser autodidata aqui no Brasil ainda é um “Tabu”. Infelizmente no Brasil o autodidata ainda sofre bastante se comparar com outros países, espero que isso mude em breve, e que o Brasil passe a valorizar esse tipo de profissional.

    Isso sem contar que tem gente que quer proibir o autodidata de trabalhar, é uma loucura, mas é triste ver gente defendendo essa idéia.

    Não sei se é impressão minha, mas a quantidade de autodidatas no mundo todo aumenta enquanto no Brasil cai.

    Queria que tivesse um movimento autodidata forte aqui no Brasil lutando contra a politica de diplomas e regulamentações igual está acontecendo nos EUA nos ultimos anos, mas aqui no Brasil é só um sonho mesmo…

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